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Pesquisa do Ipea mostra impacto do crescimento das periferias nas capitais

Estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) revela que o forte crescimento das periferias em torno das principais regiões metropolitanas do Brasil  é um dos fatores de agravamento da mobilidade urbana nestas áreas densamente povoadas. O Comunicado do Ipea nº 102  “Dinâmica populacional e sistema de mobilidade nas metrópoles brasileiras”, divulgado  no dia 28 de julho passado foi feito a partir de análise de dados apurados no Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em nenhuma das nove maiores metrópoles (Belém, Recife, Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) a cidade principal foi a que mais cresceu desde o último censo. Apenas o município do Rio de Janeiro teve índice acima da média da sua RM.

A pesquisa revela ainda que as vagas de trabalho permanecem concentradas nas cidades centrais, o que gera um aumento nos deslocamentos de pessoas pelos sistemas metropolitanos de transportes. Na Grande São Paulo, por exemplo, o número de pessoas que se deslocam para trabalhar em outro município cresceu 55% em 10 anos (1997-2007), segundo os dados de uma pesquisa de origem e destino do metrô de São Paulo, apresentados no Comunicado.

Como consequência, as viagens ficaram mais longas e mais caras. Entre 1992 e 2008, segundo a Pnad/IBGE, os deslocamentos casa-trabalho com mais de uma hora passaram de 15,7% para 19%. Já o preço das passagens do transporte coletivo subiu, nos últimos dez anos, cerca de 30% acima da inflação. Veja a íntegra do Comunicado do Ipea Nº 102 clicando aqui.

Fonte: Ipea