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Servidores protestam em frente à sede do INSS em Porto Alegre

Em Porto Alegre, dezenas de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se reuniram em frente à sede da agência, no Centro. Eles protestaram contra a União e fizeram simulações para representar as reivindicações e manifestar o repúdio a escândalos como o do mensalão, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os servidores levaram bonecos e celas para as ruas. “Estamos chutando o traseiro do fator previdenciário e prendendo personagens do mensalão”, manifestou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência do Rio Grande do Sul (Sindisprev-RS), Giuseppe Finco.

A dona de casa Noris Vasconcellos, de 60 anos, não sabia da paralisação e perdeu a viagem ao ir ao INSS na Capital. Ela precisava de uma guia para o pagamento do seguro social de sua empregada doméstica. “O pagamento vai ficar atrasado”, lamentou. A idosa considera que todos merecem aumento de salários, mas criticou o prejuízo à população. “Todo mundo está ganhando mal, mas não precisa nos prejudicar”, opinou.

Em Porto Alegre, há sete agências do INSS e outras duas em Alvorada e em Viamão, na região Metropolitana. Todas elas tiveram o serviço parcialmente prejudicado. Além disso, no interior também houve paralisação e mobilização em algumas cidades, como Santa Maria, São Leopoldo, Bagé e Pelotas.

Segundo o diretor do Sindisprev-RS, a demora no agendamento de atendimento, que leva de três a quatro meses, demonstra a falta de funcionários do INSS. No Rio Grande do Sul, o número é de cerca de 2 mil, quando o ideal, conforme ele, seria de no mínimo 3,5 mil.

O pedido para realização de concursos públicos e contratação de pessoal é um dos motivos da paralisação. Além disso, os servidores pedem aumento de 22,08% nos salários, fim do fator previdenciário e reajuste das aposentadorias. “Estamos apoiando a greve federal de outras categorias e pedidos uma negociação efetiva”, disse Finco. Ele avisou que a paralisação é só um aviso. Caso o governo não apresente propostas concretas, a classe pode pensar em uma greve.

A maior parte das 98 agências do INSS no Rio Grande do Sul opera parcialmente nesta terça-feira em função de uma paralisação de 24 horas dos servidores da instituição. Quem não sabia da mobilização ficou sem atendimento e precisou voltar para casa. Alguns procedimentos que já estavam marcados foram realizados, mas a maioria das perícias e dos encaminhamentos de pensão e de aposentadoria deixou de ser feita.

Fonte: Karina Reif / Correio do Povo