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"Calamidade anunciada". Desemprego e diminuição de renda aumentam busca de atendimento no SUS. Entrevista especial com Mirtha Zenker

O orçamento destinado à saúde no município de Porto Alegre para 2017 terá uma perda de mais de R$ 136 milhões, conforme advertência do Conselho Municipal de Saúde – CMS. A projeção segue o seguinte cálculo: o Projeto de Lei Orçamentária Anual relativo a 2017, que o Executivo encaminhou à Câmara de Vereadores e foi aprovado no dia 5 de dezembro, propunha uma redução nominal na verba da saúde de R$ 52.493.401, em comparação com 2016. O CMS, observando a projeção do crescimento global da receita para 2017 (5,2%), calculou que o orçamento da área deveria ser acrescido em R$ 83.531.040. A soma desse valor com a redução nominal chega ao montante de R$ 136.024.441.

Na avaliação da coordenadora do CMS, Mirtha Zenker, a situação se agrava ainda mais porque “o desemprego e a diminuição da renda têm feito com que uma parcela significativa da população que tinha acesso a convênios de saúde empresariais ou individuais passem a buscar atendimento no SUS”. Em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, ela lembra que o SUS “tem como princípio fundamental a universalidade, afirmando-se que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado”. Na prática, avalia que esse direito constitucional “ainda não está sendo garantido a todos de forma integral”. Algumas das maiores dificuldades são acesso às primeiras consultas na rede básica e a várias especialidades, assim como filas de espera para cirurgias eletivas.

Leia a entrevista na íntegra clicando aqui.

Texto: Patricia Fachin

Foto: Simers
Fonte: Revista Instituto Humanitas Unisinos