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Ausência de mulheres em cargos políticos leva TSE a fazer campanha para reduzir desigualdade
Com o propósito de estimular a participação ativa da mulher na vida política do país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou a campanha “Igualdade na política”, que permanecerá no ar em emissoras de rádio e de televisão até o dia 30 de maio. Em ano de eleições municipais para a escolha de prefeito, vice e vereadores, o TSE quer incentivar o maior número de mulheres a disputarem o pleito de outubro e, como consequência, aumentar a presença feminina tanto nos postos do Executivo quanto nos assentos dos parlamentos (leia mais abaixo), hoje constituído predominante por homens.
A campanha institucional do TSE exibe exemplos de mulheres em funções antes só ocupadas pelo sexo masculino, como na Aeronáutica, em comissão de arbitragem no futebol e à frente de obras. Depois de enumerar essas conquistas, a campanha prega “que está na hora de quebrarmos mais um rótulo”, no caso o da desigualdade na política.
As mulheres nos Legislativos do Brasil
Representam 51% da população
São 52% do eleitorado
Representam 16% da composição do Senado
Representam 10% da composição da Câmara dos Deputados
Representam 11% da composição das Assembleias Legislativas
Representam 13% das Câmaras de Vereadores de Porto Alegre
A representação feminina no Brasil, apesar de a legislação assegurar a cota de 30% de candidatas mulheres nos Legislativos, é uma das mais baixas do planeta. Entre 190 países, ocupa a 158ª posição. Já em comparação com as 20 nações da América Latina, o Brasil só fica à frente do Haiti, país caribenho, em número de mulheres na composição dos parlamentos.
O Rio Grande do Sul reflete os números do país. Com 497 municípios, o Estado tem apenas 38 prefeitas e 46 vice-prefeitas. A Assembleia Legislativa gaúcha, por exemplo, possui 55 deputados e só oito são mulheres. Em 180 anos de história do Legislativo gaúcho, só em 2016 é que uma mulher foi alçada ao posto de presidenta da Casa. O cenário de desigualdade na Assembleia do Rio Grande do Sul não é muito diferente nem mesmo nos maiores colégios eleitorais do país. Em São Paulo, por exemplo, há 94 deputados e só nove são mulheres.
A desigualdade política também pode ser constatada na composição das Câmaras de Vereadores. No Legislativo da capital gaúcha, há 36 vereadores e a bancada feminina só tem quatro representantes. Na eleição de 2013, a Câmara alegeu cinco mulheres, mas Any Ortiz concorreu a deputada, em 2014 e conquistou um cadeira na Assembleia Legislativa. Nas principais cidades do Estado, a presença das mulheres nos Legislativos é muito baixa ou inexistente. Com 21 vereadores, Pelotas, na Região Sul, e Canoas, Região Metropolitana, não têm nenhuma mulher nos assentos de suas Câmaras. No país, as principais capitais registram também uma participação inexpressiva em relação ao número de homens. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, entre os 41 vereadores só há uma mulher.
Leia a matéria completa e assista ao vídeo da campanha do TSE clicando aqui
Fonte: Sul21
Texto: Jaqueline Silveira
Foto: Guilherme Santos/Sul21
Data original de publicação: 22/04/2016
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