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Centrais sindicais preparam mobilização na AL para acompanhar votação do mínimo regional

A CUT-RS e centrais sindicais organizam uma grande mobilização na Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (01), quando estará em pauta na sessão do plenário, às 14h, o projeto de lei do salário mínimo regional enviado pelo governador José Ivo Sartori (PMDB), que prevê um reajuste de 9,61%. Os trabalhadores reivindicam 11,68%, o mesmo índice aplicado em janeiro pela presidenta Dilma Rousseff (PT) para o mínimo nacional. O INPC dos últimos 12 meses foi de 11,31%.

“Foi a pressão do movimento sindical que conseguiu a inclusão do projeto na pauta de votação e agora será fundamental uma presença ainda maior de dirigentes de sindicatos e federações no parlamento gaúcho desde as 10h para visitar os gabinetes, fazer corpo a corpo para convencer deputados e deputadas, a fim de garantir a aprovação do projeto com uma emenda que evite o arrocho do mínimo regional”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Ele ressalta a importância da presença massiva de trabalhadores para circular nos espaços internos e lotar as galerias como forma de contrapor ao movimento dos empresários. “As federações patronais também estarão lá na Assembleia e eles defendem reajuste zero. A proposta enviada pelo governo Sartori é um aumento de perna de anão, já que não repõe sequer a inflação do período”, alerta Claudir.

Retomada do crescimento

Claudir salienta que mínimo regional é um grande indutor para a retomada do crescimento do RS, pois o reajuste vai direto para o consumo local, incentiva a produção e amplia a arrecadação do Estado. ”É um instrumento vigoroso de valorização do trabalho, redução das desigualdades, distribuição de renda e aquecimento da economia gaúcha”, projeta.

“Aliás, o reajuste já deveria estar vigorando desde 1º de fevereiro, data-base do mínimo regional. Os trabalhadores gaúchos já estão sendo penalizados, perdendo para a inflação”, frisa o dirigente da CUT-RS.

Segundo a economista Anelise Manganelli, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), “uma das razões das crises econômicas contemporâneas é a incapacidade de a sociedade consumir produtos e serviços, em decorrência do desemprego”. Para ela, “aumento de salário possibilita recuperação econômica antecipada, impedindo um ciclo vicioso de aumento de desemprego, queda nos salários e redução do consumo e da produção”.

Fonte: Sul21
Data original de publicação: 27/02/2016