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Centrais sindicais prometem aumentar pressão sobre governo Sartori por reajuste do mínimo regional
Dirigentes das centrais sindicais que representam os trabalhadores do Estado se reuniram nesta terça-feira (12) para definir novas estratégias para tentar conseguir a aprovação do índice reivindicado pelos trabalhadores para o reajuste do salário mínimo regional neste ano. Após o encontro, as entidades, em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), emitiram uma nota expressando indignação com a demora do governo do Estado em apontar um índice para o reajuste.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, ressaltou a preocupação com a demora do governador José Ivo Sartori em se posicionar sobre o tema. “Estamos preocupados com o comportamento do governador Sartori tendo em vista que a data-base do piso é 1º de fevereiro e os trabalhadores correm o risco de ficarem desprotegidos, já que a Assembleia retoma seus trabalhos apenas no dia 3 de fevereiro”, disse.
De acordo com o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Claudir Nespolo, as centrais estão organizando um plano de ação para pressionar o governo para resolver o tema no início de fevereiro. No próximo dia 3, às 14h, as centrais sindicais farão um ato unificado na Praça da Matriz. “Será um ato cobrando coerência em relação ao reajuste do salário dos pobres”, disse Nespolo.
Elas também tentarão, ainda nesta semana, conseguir uma reunião com o governador Sartori. “Ainda hoje, estaremos fazendo novo contato com o governador e Casa Civil para que uma comissão representativa dos trabalhadores seja recebida pelo Sartori, o mais breve possível”, disse Vidor, da CTB-RS. “Até então, não teve uma reunião com o governador. A ideia é ter uma reunião com o ogvernador Sartori antes de ele sair de férias (o que está marcado para o próximo dia 15)”, complementou Nespolo, da CUT-RS.
O reajuste do mínimo regional vinha sendo debatido nos últimos meses em reuniões entre representantes das centrais sindicais e das federações empresariais, mas as conversas não resultaram em acordo. Os trabalhadores querem um reajuste de 11,68%, o equivalente ao reajuste concedido para o salário mínimo nacional. “Nós insistimos que seja uma proposta igual ao salário mínimo nacional, para manter a potência do mínimo do RS”, afirmou Nespolo.
Confira a íntegra da nota das centrais sindicais:As Centrais Sindicais, Federações e Sindicatos Estaduais de Trabalhadores do RS, reunidos nesta terça-feira, na sede da FECOSUL, em POA, reafirmam a importância da continuidade de uma política de valorização do Salário Mínimo Regional, nos moldes do Mínimo Nacional, tendo em conta a importância estratégica do instituto, que atinge diretamente em torno de 1 milhão de trabalhadores e trabalhadoras em nosso estado, os que menos ganham, contribuindo para democratização da renda, para o desenvolvimento econômico e social do RS.
Neste sentido, reafirmamos ao Governo Sartori, a urgência do encaminhamento do projeto de lei de reajuste do Salário Mínimo Regional, a vigorar em 1º de fevereiro de 2016, tendo como base, no mínimo, o mesmo reajuste aplicado ao Salário Mínimo Nacional, que foi de 11,68%, mantendo-se desta forma a equidade anteriormente estabelecida.
Por fim, solicitam publicamente que o Governador do Estado José Ivo Sartori receba a representação dos mais de 3 milhões de trabalhadores, solicitação feita a três meses que ainda não foi atendida.
Porto Alegre, 12 de janeiro de 2016.
CTB – CUT – UGT – NCST – CGTB – FS – Federações – Sindicatos
Fonte: Sul21
Texto: Luís Eduardo Gomes
Foto: Divulgação
Data original da publicação: 12/01/2016
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