Notícias
Negociação de reajuste do piso regional termina sem avanços mais uma vez
Terminou sem avanços, mais uma vez, a rodada de negociação realizada nesta segunda-feira (7) entre representantes das centrais sindicais e do governo do Estado, para tratar sobre o reajuste do salário mínimo regional. Desta vez, também participaram as entidades patronais. O governo José Ivo Sartori (PMDB) foi representado pelos secretários de Planejamento, Cristiano Tatsch, e do Trabalho e Desenvolvimento Social, Miki Breier. Ao final da reunião, eles informaram que o Piratini deverá apresentar uma contraproposta, porém não deram detalhes sobre o índice e nem sobre o prazo. Já foram realizadas pelo menos quatro reuniões sem avanços no assunto.
As centrais sindicais reivindicam 11,55% de reajuste no regional a partir de janeiro de 2016 e cobram rapidez do governo para encaminhar o projeto à Assembleia Legislativa com o fim de ser votado ainda neste ano. Já os representantes dos empresários não concordam com esse percentual e defendem uma decisão só no ano que vem. “O governo escutou as duas partes e não se manifestou, simplesmente escutaram as ponderações. Ficou totalmente aberto, o governo está fazendo corpo mole”, criticou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo.
Também presente ao encontro, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, defendeu o reajuste de 11,55%, uma vez que a inflação do período foi superior a 10%. O piso regional, segundo ele, beneficiária diretamente 1,5 milhão de trabalhadores. Vidor criticou, ainda, o fato de os empresários pregarem 0% de reajuste. “É inadmissível a proposta das entidades patronais de conceder reajuste zero ao piso, afinal estamos discutindo apenas a reposição do que já foi repassado nos preços de produtos e serviços”, argumentou o sindicalista.
Hoje, o piso regional tem cinco faixas (confira abaixo), que variam entre R$ 1.006,80 e R$ 1.276. O secretário Tatsch defendeu “a construção em conjunto” de “uma melhor política” para o desenvolvimento do Estado. “A crise atinge a todos e nada melhor do que o diálogo franco e direto para chegamos a um caminho”, destacou o secretário do Planejamento. Já o secretário Breier avaliou que a reunião apresentou pontos convergentes, como a importância de se manter os empregos e de assegurar a posição de competitividade da economia no atual cenário de crise. “Reajuste zero é inviável e a reposição da inflação é um parâmetro a ser considerado”, observou ele.
As centrais sindicais estão realizando audiências públicas pelo interior do Estado com objetivo de mobilizar os trabalhadores em prol do reajuste. Nesta segunda-feira, a reunião ocorreu em Caxias do Sul, Região Serrana. Ainda serão realizadas audiências em Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre.
Pisos regionais em vigor no mês de outubro em 2015 em outros Estados
AGRUPAMENTO SP SC PR RS RJ Grupo I R$ 905,00 R$ 908,00 R$ 1.032,02 R$ 1.006,80 R$ 953,47 Grupo II R$ 920,00 R$ 943,00 R$ 1.070,33 R$ 1.030,06 R$ 988,60 Grupo III – R$ 994,00 R$ 1.111,04 R$ 1.053,42 R$ 1.023,70 Grupo IV – R$ 1.042,00 R$ 1.192,45 R$ 1.095,02 R$ 1.058,89 Grupo V – – – R$ 1.276,00 R$ 1.090,97 Grupo VI – – – – R$ 1.282,94 Grupo VII – – – – R$ 1.772,27 Grupo VIII – – – – R$ 2.432,72Fonte: Sul21
Foto: Gisele Ortolan/STDS
-
12/05/2025
Advogado Glênio Ferreira participa de evento da AGASAI
-
08/05/2025
Fraude no INSS
-
07/05/2025
TRF4 condena INSS a indenizar servidor vítima de acidente de trabalho
-
30/04/2025
Santa Casa de POA e enfermeiros: regime de banco de horas é irregular
-
17/04/2025
GHC: TRT4 determina reintegração de trabalhadora que faltou ao trabalho em virtude de temporal