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Dia do trabalho é marcado por protestos contra a terceirização
Em todo o Brasil, o dia 1º de maio foi marcado por protestos de trabalhadores e sindicalistas contra o Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização no Brasil entre outros retrocessos trabalhistas registrados nos últimos meses.
Em São Paulo, um evento reuniu CUT, MST, MTST e aproximadamente 30 movimentos sociais, estudantis e sindicais no Vale do Anhangabaú.
As bandeiras do movimento foram a defesa da Petrobras, dos direitos da classe trabalhadora, pela reforma política e contra a aprovação do PL 4330, que regulamenta a terceirização.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu a unidade da esquerda brasileira em torno do movimento "Pelos direitos, contra a direita."
Segundo ele, o movimento pretende criar um dia nacional de lutas em 29 de maio e organizar uma greve geral caso seja aprovado no senado o PL 4330.
No Rio de Janeiro a concentração para o ato político-cultural 1º de Maio Unificado – Em Defesa dos Direitos, da Democracia e do Combate à Corrupção! começou por volta das 15h. De acordo com o diretor de Comunicação da CUT-RJ, Edson Munhoz, o evento reuniu, pela primeira vez, todas as centrais sindicais do estado e partidos políticos de esquerda, além de movimentos sociais.
Em Porto Alegre o Dia do Trabalhador foi celebrado com grande público na Usina do Gasômetro durante a tarde da sexta-feira (01/05). Para os organizadores, foi o maior ato dos últimos anos com participação da população. A atividade contou com a presença de diversas entidades representativas e movimentos sociais que puderam dialogar com a população, principalmente, sobre o projeto de lei 4330, da terceirização, que tramita no Senado. Entre as apresentações musicais, líderes de diversos grupos falavam sobre os direitos dos trabalhadores, o desenvolvimento e o respeito às diversidades.
O momento também serviu para que as entidades dialogassem sobre o dia 29 de maio, que será de greves e manifestações nacionais. Os representantes deixaram claro que novos atos serão organizador contra o PL 4330. “Essa medida vem precarizar os direitos dos trabalhadores. É um momento de grande preocupação, mas acreditamos que conseguiremos reverter a situação no Senado”, diz o vice-presidente nacional da Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), Vicente Selistre.
“Ficamos surpresos com a adesão da população. Atingimos nosso objetivo, pois muitas pessoas estão tomando conhecimento sobre o PL das Terceirizações”, comemora o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT-RS), Claudir Nespolo, que estimou a passagem de cerca de 15 mil pessoas pelo evento. “A classe trabalhadora luta agora pela preservação dos direitos e segue reivindicando pautas histórias, pois os avanços que tivemos nos últimos anos ainda estão aquém do que é preciso”, afirma Selistre.
Durante a atividade, houve a participação de políticos, entre eles do senador Paulo Paim que anunciou que conseguiu a assinatura de 30 senadores que irão votar contra a regulamentação da terceirização para a atividade fim. O anúncio foi comemorado pelos presentes. “O resultado que tivemos na Câmara deixa claro que os deputados defenderam os interesses dos empresários. Por isso, pedimos também uma reforma política para que seja proibido o financiamento empresarial nas campanhas”, afirmou Nespolo.
Participaram representantes Centro dos Professores do RS (Cpers), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro), Sindicato dos Metalúrgicos, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Fontes: Agência Brasil, O Globo, Folha de São Paulo, Correio do Povo e Estado de São Paulo.
Fotografia: Paulo Nunes/ Correio do Povo
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