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Funcionários dos Correios fazem paralisação pelo fim de entregas à tarde e por concurso
Para reivindicar melhores condições de trabalho, funcionários dos Correios realizaram, na quinta-feira (29/01), uma caminhada pelas ruas do Centro de Porto Alegre. Em assembleia realizada na quarta-feira, a categoria decidiu paralisar as atividades por dois dias. A estimativa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect) é que 60% da categoria tenha aderido à greve.
A manifestação teve início na Rua Barros Cassal e seguiu em direção à Agência Central, na Avenida Siqueira Campos. Os trabalhadores cobram que sejam feitas novas contratações e que as entregas de correspondência sejam realizadas pela manhã (atualmente, têm início às 13h). Desde o segundo semestre de 2014, cerca de 500 funcionários deixaram os Correios, incentivados por um programa de demissão voluntária, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Sintect) do Rio Grande do Sul.
— Essas vagas ainda não foram repostas nem têm previsão de reposição. O resultado está aí, tudo atrasado — disse o secretário-geral do Sintect, Vitor Rittmann.
Os Correios no Rio Grande do Sul contam com cerca de 8 mil funcionários. Segundo Rittmann, há unidades de distribuição trabalhando com 20% menos do efetivo, o que contribui para o atraso na entrega das correspondências. Somente em Rio Grande, no Sul do Estado, 150 mil correspondências estariam paradas.
Outro problema, conforme o sindicato, é que as entregas à tarde têm prejudicado os trabalhadores. Alguns deles estariam passando mal em função do calor. Atualmente, o período da manhã é dedicado à organização do material recebido, enquanto as entregas costumam ser feitas a partir das 13h. A ideia da categoria era modificar esse sistema em definitivo, mas há margem para negociação de mudanças apenas para o período mais quente do ano:
— A discussão é para que mude o ano inteiro, mas nos dispusemos a fazer em caráter de urgência,
Em 2014, funcionários dos Correios realizaram duas greves: uma no início do ano, pela manutenção do plano de saúde da categoria, e outra em setembro, por reajuste salarial. Nas duas ocasiões, tanto a questão das entregas pela manhã quanto a realização de concurso público para novas contratações surgiram na pauta de reivindicações.
Após a caminhada desta quinta-feira, os trabalhadores devem realizar uma assembleia para discutir os rumos da paralisação. Na sexta-feira, o encontro deve se repetir, para definir se as atividades serão retomadas na próxima semana.
Fonte: Jornal Zero Hora
Fotografia: Felipe Daroit / Agencia RBS
Data original da publicação: 29/01
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