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Centrais sindicais reivindicam 16% de reajuste para o Piso Regional

As centrais sindicais de reuniram, na manhã da segunda-feira (10/11), com o secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado (CDES-RS), Marcelo Danéris, para entregar a pauta de reajuste do Piso Regional 2015. Estiveram presentes no encontro, aproximadamente, 30 dirigentes da CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, UGT e sindicatos. Este ano, o índice reivindicado é de 16%.

O valor, determinado com a assessoria do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é resultado da média projetada para o PIB do Brasil e do Rio Grande do Sul em 2014 (2,2%), acrescido do INPC/IBGE estimado de janeiro à dezembro (6,5%); mais a diferença entre a relação do menor piso e do salário mínimo vigente em 2001 e em 2014.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, iniciou a reunião salientando a importância da unidade das centrais no processo de negociação e defesa do Piso Regional e suas consequências que têm trazidos diversos benefícios ao Rio Grande do Sul. “A renda dos gaúchos cresceu o dobro da nacional e o número de empregos formais também cresceu mais que a média do Brasil, segundo dados do IBGE. De 2002 a 2013, o estoque de trabalhadores formais cresceu 52%. Verifica-se com isto que com a valorização do Piso o Estado ampliou o seu poder de compra e fortaleceu o mercado interno, ou seja, se mostrou extremamente benéfica ao desenvolvimento do Estado e para a melhoria de vida do trabalhador gaúcho.

Entendemos que o governador Tarso tem todos os motivos para dar continuidade à política de valorização do Piso e, por isso, estamos lutando para que seja recomposto as perdas salariais ocorridas em outros governos”, afirmou. Vidor também declarou que o próximo passo das centrais será marcar audiência com o presidente da Assembleia Legislativa e com as bancadas dos partidos a fim de entregar a pauta e tentar agilizar o processo de votação.

Além de apresentar o índice de reajuste salarial, o documento também reivindica a inclusão de novas categorias ainda não contempladas em novas faixas; alteração de faixas de categorias que apresentam defasagem na faixa atual; colocação do piso na Constituição do Estado, estabelecendo critério de reajuste geral, levando-se em conta o crescimento da economia nacional e estadual mais a inflação; e inclusão na lei a garantia do piso como vencimento mínimo aos servidores públicos do Estado.

As justificativas para se manter a política de valorização do Piso Regional também estão presentes no texto, entre elas a de que o salário mínimo gaúcho é “um poderoso instrumento de democratização da renda, desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida de três milhões de trabalhadores e trabalhadoras gaúchos”. O DIEESE, que acompanha todos os anos as centrais na negociação, reconhece que o sistema contribui tanto para o crescimento quanto para a estabilidade econômica por gerar uma sólida circulação da demanda de consumo.

Danéris afirmou que o Governo do Estado seguirá com a política de valorização do Piso Regional até o final do mandato. O secretário já encaminhou o documento ao governador que recebeu as centrais, na terça-feira (11/11), no Palácio Piratini.

Fonte: Portal CTB RS

Fotografia:  Governo RS/ Divulgação