Ir para o conteúdo principal

Notícias

Espanhóis e gregos voltam a demonstrar revolta com medidas contra crise

Os cortes exigidos pela Comissão Europeia na tentativa de conter a crise econômica seguem sendo a origem de diversos protestos pelo continente. Na última quarta-feira (26/09), as manifestações se concentraram na Espanha e na Grécia, onde os governos querem promover severos cortes de gastos em previdência, salários dos servidores públicos e outros programas sociais.

Os manifestantes espanhóis exigem a criação de uma nova assembleia constituinte e a renúncia imediata do presidente do governo, Mariano Rajoy. Nesta semana, os atos têm sido marcados por forte repressão policial, que tentaram entrar até mesmo em restaurantes e no metrô para prender os participantes do movimento. Mesmo assim, os protestos devem ganhar fôlego ainda maior a partir desta quinta-feira (27/09), quando será apresentado o projeto de orçamento para 2013, com cortes estimados em 40 bilhões de euros, valor maior do que o realizado neste ano.

Na Grécia, as principais confederações sindicais convocaram uma greve geral contra os novos cortes que o governo de Antonis Samaras anunciará nos próximos dias. De acordo com a polícia local, ao menos 35 mil pessoas participaram da manifestação, que acabou em conflito e com a prisão de mais de cem gregos.

Segundo a principal união de trabalhadores do setor privado, todos os funcionários de estaleiros, transporte marítimo e refinarias aderiram ao protesto. Além deles, a grande maioria dos profissionais da construção, da indústria metalúrgica e de hotéis, bancos e empresas públicas também se recusaram a trabalhar.

"Os planos de resgate aumentaram o número de desempregados para 25%, isso segundo números oficiais, porque na realidade a taxa é de 32%. Nesta situação crítica para seu futuro, em vez de homens políticos, a Grécia tem anões políticos", afirmou o secretário-geral da central sindical GSEE, Nikos Kiutsukis. As novas medidas de poupança no país compreendem 11,5 bilhões de euros em cortes orçamentários e outros 2 bilhões em novas arrecadações.

Material montado com informações das agências EFE e France Press. Imagem Agência EFE.