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‘UFRGS na rua’ e greve de 48 horas: comunidade acadêmica se mobiliza contra cortes

Com o objetivo de mostrar as pesquisas e os projetos desenvolvidos dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a comunidade acadêmica da instituição realiza na próxima quarta-feira (2) a exposição pública ‘UFRGS na rua’. Durante o evento, que acontecerá das 14h às 19h no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público de Porto Alegre, serão apresentadas à população as pesquisas, os projetos de extensão e os serviços prestados pela comunidade acadêmica à sociedade. Pela manhã, a partir das 9h30, a professora Rosa Chiesa fará palestra sobre Reforma Tributária e o programa Future-se, no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas (Av. João Pessoa, 52).
Um dos trabalhos que compõem a mostra é, por exemplo, uma pesquisa que propõe uma forma de inibir o processo de proliferação de células cancerígenas do tipo meduloblastoma. O estudo em questão foi realizada em parceria entre a UFRGS, o Instituto de Câncer infantil e instituições canadenses. A realização da exposição foi definida na assembleia geral de estudantes, técnicos e docentes da UFRGS, realizada no último dia 26.
Greve de 48h
Na quarta-feira (2) também será o inicio da greve nacional de 48h de estudantes e professores de universidades estaduais e federais contra os sucessivos cortes do Governo de Jair Bolsonaro (PSL) nos recursos voltados para o ensino superior público. Em Porto Alegre, a greve na UFRGS e na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) foi convocada pela Assufrgs, que representa os técnico-administrativos em educação das duas universidades e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). No IFRS a greve está convocada somente para a quinta-feira (3), pois no dia 2 estarão ocorrendo eleições internas no Instituto.
No próximo dia 3, pesquisadores realizarão novo ato em defesa do investimento na educação pública e na pesquisa científica. Foto: Luiza Castro/Sul21
De acordo com o Assufrgs, a paralisação de 48h foi um chamado da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical). A greve será nacional e unitária, com a participação de entidades como ANDES-SN, Fasubra, UBES, UNE, Fenet, ANPG, e Sinasefe. A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e demais entidades estudantis, em conjunto com trabalhadores da ciência e tecnologia, também estão convocando estudantes, pesquisadores, professores e demais setores da sociedade civil a se somarem à paralisação para exigir a reposição das verbas cortadas, protestar contra o Future-se, defender a educação pública e a autonomia das universidades.
Na quinta-feira (3), haverá concentração às 17 horas em frente à Faculdade de Educação (Faced), no campus do Centro, para caminhada até Grande Ato em Defesa da Educação e da Ciência na Esquina Democrática.
A ADUFRGS-Sindical anunciou que também se somará aos estudantes nas mobilizações em Defesa da Educação e da Ciência, apoiando e participando da exposição de trabalhos acadêmicos, projetos de extensão e serviços da universidade, nesta terça, no Largo Glênio Peres, e do ato programado para o fim da tarde de quinta (3), na Esquina Democrática
No dia 2 também acontece a paralisação nacional de estudantes e professores da pós-graduação de universidades estaduais e federais. A manifestação, que foi convocada pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela comunidade acadêmica e por trabalhadores da ciência e tecnologia, também é contrária aos cortes do governo Bolsonaro nos investimentos e nos recursos da pesquisa científica, como bolsas do CNPQ e da Capes, por exemplo. No dia 3, os pesquisadores irão realizar atos nas principais cidades do país.
Outras atividades no Rio Grande do Sul
A paralisação ocorrerá também em universidades de diversas cidades gaúchas. Em Pelotas, UFPEL e IFSul promoverão atividades abertas como debates, lançamento de livro e oficinas em frente ao Centro de Artes da universidade no dia02, e grande manifestação na praça Cel. Pedro Osório no dia 3. Na FURG, haverá assembleia ampliada no dia 2, com participação de estudantes, docentes, técnicos e terceirizados.
Fonte: Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
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