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Empresa brasileira recebe prêmio como pior do mundo
A transnacional brasileira Vale conquistou o primeiro lugar no Nobel da vergonha corporativa no Public Eye Awards, que elege por voto popular a pior empresa do mundo em questões ambientais, sociais e trabalhistas. O prêmio foi criado pelo Greenpeace Suíça e Declaração de Berna e o vencedor é sempre revelado durante o Fórum
A Vale disputou o primeiro lugar com a japonesa Tepco, envolvida no desastre nuclear de Fukushima, mas superou a usina com um total de 25.041 votos. Para as entidades que indicaram a Vale ao prêmio - a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, representada no Brasil pela Rede Justiça nos Trilhos, e as ONGs Amazon Watch e Xingu Vivo para Sempre -, o fato de a Vale ser uma multinacional presente em 38 países e com impactos espalhados pelo mundo, ampliou o número de votantes.
Para os organizadora do Public Eye, um fator determinante para a entrada da Vale na disputa entre as piores foi a adesão em 2010 no Consórcio Norte Energia, que constrói a usina de Belo Monte, no Rio Xingu.
“Para as milhares de pessoas, no Brasil e no mundo, que sofrem com os desmandos desta multinacional, que foram desalojadas, perderam casas e terras, que tiveram amigos e parentes mortos nos trilhos da ferrovia Carajás, que sofreram perseguição política, que foram ameaçadas por capangas e pistoleiros, que ficaram doentes, tiveram filhos e filhas explorados, foram demitidas, sofrem com péssimas condições de trabalho e remuneração e tantos outros impactos, conceder à Vale o título de pior corporação do mundo é muito mais que vencer um prêmio. É a chance de expor aos olhos do planeta seus sofrimentos e trazer centenas de novos atores e forças para a luta pelos seus direitos e contra os desmandos cometidos pela empresa”, afirmaram representantes das entidades que encabeçaram a campanha contra a mineradora.
As demais vencedoras foram a Tepco (24.245 votos), Samsung (19.014 votos), Barclays (11.107), Syngenta (6.052) e Freeport (3.308), empresa que atua na Papua e é acusada de torturar e matar os que levantam suas vozes contra seus abusos.
Com informações do Movimento Xingu Vivo para Sempre e Public Eye Awards
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