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Aplicativo defende direitos das trabalhadoras domésticas

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Aplicativos podem ir além do táxi, da paquera ou do entretenimento, como mostra o Laudelina. Lançado oficialmente em dezembro, o app explica às trabalhadoras domésticas seus direitos com uma linguagem simples, calcula o salário ou recisão, lista instituições de proteção da categoria e conecta umas às outras para uma rede de apoio. O nome é uma homenagem a Laudelina de Campos Melo, que criou em 1936 a primeira associação de trabalhadoras domésticas no Brasil.

No país, 96% dos TDs são mulheres, sendo que 61% delas são negras. "O trabalho doméstico tem importância na autonomia econômica dessas mulheres, mas é muito precarizado, com pouco acesso aos direitos formais", resume Lívia Zanatta, advogada da Themis, ONG feminista com sede em Porto Alegre, responsável por criar o aplicativo em parceria com a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenetrad). "Somente 30% das TDs tem carteira assinada, apesar da lei dos anos 70 que regulamenta sua obrigatoriedade." Mas, como 86% delas possuem celular, o início da mudança pode estar no bolso.