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Após 3 meses, famílias da Lanceiros Negros são obrigadas a deixar Centro Vida

Cerca de 25 famílias tiveram de deixar, na quarta-feira (6), o alojamento do Centro Vida Humanístico, na zona norte de Porto Alegre. O local está sendo ocupado desde o final do mês de agosto, quando as mesmas famílias foram obrigadas a deixar o prédio do antigo Hotel Açores, na rua dos Andradas, no Centro da Capital. O primeiro prazo estabelecido pela Brigada Militar (BM) para que as famílias deixassem o local era o dia 22 de novembro. O espaço passará por reformas.
A maior parte das famílias que deixou o Centro Vida foi para casa de parentes ou amigos. Outras 10 famílias, que alegaram não ter para onde ir, foram encaminhadas, pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) para a Ocupação Mirabal, no Centro de Porto Alegre. Segundo o MLB, as pessoas que estavam no Centro estão com dificuldades para conseguir alugar uma nova moradia com o valor de R$ 500, disponibilizado para aluguel social pela Prefeitura.
Valor do aluguel social é insuficiente
Nana Sanches, coordenadora do MLB, afirma que, com o valor de R$ 500 do aluguel social conquistado por 24 famílias, só é possível alugar residências nas periferias da Capital gaúcha, “como no bairro Lomba do Pinheiro, no Morro do Osso, e no Morro da Polícia”. Em tratativas com o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), o movimento conseguiu garantir que todos os aluguéis sociais fossem unificados para um único imóvel. Com isso, seria possível obter uma locação para todas as famílias que participaram das ocupações da Lanceiros Negros. No prédio da Rua General Câmara com a Rua Andrade Neves, foram retiradas 71 famílias: “só que o poder público e o Demhab deixam a cargo das pessoas em situação de vulnerabilidade conseguirem tudo, tanto encontrar um prédio, como fazer acordo com o proprietário, o que nenhum proprietário quer fazer”, diz Sanches.
Outro problema apontado pelo movimento é a dificuldade, por parte das famílias com direito a aluguel social, é o de cumprir as exigências dos locatários, que pedem fiador, caução ou seguro fiança. Uma comissão formada pela Prefeitura, BM, Ministério Público, Defensoria Pública e deputados estaduais tentou resolver este impasse, mas, segundo o movimento, não obtiveram retorno positivo.
Fonte: Sul21
Texto: Cristiano Goulart
Foto: Guilherme Santos/Sul21
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