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Municipários rejeitam propostas de Marchezan e votam por continuar com a greve

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) reuniu cerca de 3 mil pessoas, na assembleia geral realizada nesta terça-feira (24), na Casa do Gaúcho. A categoria, que está em greve há 20 dias, rejeitou por unanimidade as propostas encaminhadas pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e decidiu por seguir com a paralisação.
Segundo o sindicato, a Prefeitura entregou o documento com as propostas apenas às 13h30 desta terça, meia hora antes do horário marcado para a assembleia. Isso teria dificultado a análise do corpo jurídico do Simpa. Na segunda-feira, os municipários protestaram em frente ao Paço municipal, enquanto representantes da categoria participavam da reunião de negociação junto ao prefeito. A conversa entre os dois lados durou cerca de três horas.
As propostas entregues hoje, porém, foram rejeitadas por contrariar aspectos que haviam sido acordados entre as partes no dia anterior. Uma das mudanças diz respeito aos projetos de lei apresentados pelo Executivo que alteram condições dos servidores públicos. Enquanto na reunião Marchezan concordou em suspender a votação dos mesmos por 40 dias, enquanto um grupo de trabalho seria criado para discuti-los, na proposta de hoje, ele faz a ressalva de que, mesmo com votação suspensa, os projetos poderiam seguir a tramitação necessária para que estivessem prontos a ser votados depois do dia 02 de dezembro. O Simpa pede a retirada total dos projetos.
Na Assembleia, a leitura das propostas foi vaiada por servidores. O Simpa questiona ainda o porquê do GT proposto incluir apenas a Procuradoria Geral do Município e as Secretarias da Fazenda e do Planejamento, sem a presença dos municipários. Embora o documento fale em analisar em conjunto com o sindicato a proposta de alteração de Lei Orgânica, que passe a possibilitar regime de 40 horas de trabalho semanais, os servidores questionam que ela não aponta se isso valeria para os concursados que ainda aguardam serem chamados ou para todos.
Em nota, a Prefeitura de Porto Alegre disse lamentar a decisão do sindicato e que o ofício encaminhado nesta terça reitera os compromissos acordados durante reunião com vereadores e a direção do sindicato. “Ficou acordado no encontro que o prefeito indicaria os setores da prefeitura que participariam do Grupo de Trabalho (GT) que vai discutir os projetos, e consta no ofício que as secretarias da Fazenda, de Gestão e PGM são os indicados. Os vereadores devem definir os seus representantes, assim como o sindicato deve apresentar os nomes que irão participar do GT”.
A Prefeitura chama atenção ainda para o fato de que irá cumprir as decisões judiciais referentes aos dias paralisados durante a greve. “O Executivo segue disposto a manter o diálogo com os sindicalistas para acabar com um movimento que prejudica os serviços públicos e os cidadãos, principalmente os mais pobres, de Porto Alegre”, diz a nota.
Fonte: Sul21
Foto: Guilherme Santos/Sul21
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