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Advogado Silvio Boff acompanha sindicatos na mediação sobre a situação da saúde em Canoas

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No mesmo dia em que teve início a greve geral dos funcionários que atuam nas instituições de saúde administradas pelo Grupo de Apoio a Medicina Preventiva e a Saúde Pública – Gamp e pela Associação Beneficente de Canoas – ABC, quarta-feira, dia 5, as direções do Sindisaúde-RS, do Sindicato dos Enfermeiros no Estado do RS – Sergs e do Sindicato dos Farmacêuticos no RS – Sindifars estiveram reunidas em audiência de mediação no Foro Trabalhista de Canoas. O advogado do Escritório Paese, Ferreira, Silvio Eduardo Fontana Boff, da assessoria jurídica das entidades, participou da audiência, que teve também as presenças da Vice-Presidência do TRT4, do Ministério Público do Trabalho e de autoridades locais, entre elas o Prefeito municipal.  

Na ocasião, debateu-se a situação da saúde com alguns encaminhamentos provisórios. Foram marcadas duas novas audiências, uma para debater os atrasos salariais no dia 07/12/2018, e outra no dia 12/12/2018, para as demais questões. Haverá ainda julgamento de agravo interno pelo TJ-RS, no dia 17/12/18, com relação a valores que devem ser repassados pelo Estado do RS ao Município de Canoas.  

Nesta quinta-feira, dia 6, o Ministério Público Estadual e a Polícia Federal, com apoio da Brigada Militar, realizou operação de busca e apreensão no Hospital Universitário e cumprimento de mandados de prisão. Foram presos a presidente do Gamp, Michele Aparecida da Câmara Rosin, o diretor Cássio Souto Santos e o ex-secretário da Saúde de Canoas, Marcelo Bósio. O grupo administra os hospitais Universitário – HU, de Pronto Socorro de Canoas – HPSC, duas unidades de pronto atendimento e quatro de atendimento psicossocial. Os envolvidos são suspeitos de crimes relacionados a gestão de recursos do contrato com o município. Conforme o MP, foram detectados, entre as irregularidades, superfaturamento de medicamentos em até 17.000%, utilização de laranjas e testas de ferro do chefe do esquema na direção do Gamp, além do pagamento de viagens de férias pagas com dinheiro público da saúde de Canoas. A investigação apontou ainda a ocorrência de desvios de recursos da prefeitura que seriam destinados à saúde pública para contas bancárias de pessoas ligadas ao grupo. Conforme o MP, o Executivo municipal transferiu R$ 426 milhões para o Gamp desde dezembro de 2016. Deste valor, suspeita-se que pelo menos R$ 40 milhões foram desviados para contas pessoais de integrantes do esquema.  

Hoje à noite, 6/12, haverá Assembleia das categorias para avaliar o movimento grevista e a nova situação após a operação do MP.

Fonte: com informações do TRT4 e Gaúcha/ZH
Fotos: Érico Ramos/Secom TRT-RS e Ronaldo Bernardi / Agência RBS